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Ace Combat Zero:The Belkan War

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Desde o lançamento do primeiro "Ace Combat", para PSOne em 1995, os céus sempre foram uma espécie de feudo para a produtora Namco, que monopoliza o mercado quando o gênero é o combate aéreo com caças. Muitos jogos tentaram competir com essa que é uma das franquias mais tradicionais da era 3D da companhia, mas o seu domínio foi ficando cada vez mais evidente, até que no PlayStation 2 passou a ser absoluta.

A estréia de "Ace Combat" nos PS2 começou com o jogo de número quatro, com uma qualidade que não deu espaço para os adversários. A Konami tentou furar o bloqueio com "Airforce Delta Strike", mas acabou sendo apenas uma imitação sem atrativos. Agora, o console recebe o terceiro game da franquia, sem novidades radicais, afinal, como diz o ditado, não se mexe em time vencedor.

O demônio dos ares

"Ace Combat Zero: The Belkan War" é um jogo de combate aéreo com aviões militares. Como todos os jogos da franquia, sua característica é ter uma cara de simulador de vôo, sem a sisudez do gênero, que é mais comum no PC. Aqui, os comandos são relativamente simples e o ritmo é rápido como um game de ação.

Como o nome denuncia, a história do game volta ao passado, mas precisamente a 1995, quando eclode uma guerra entre as nações fictícias de Belka e Ustio. Uma das qualidades da série é ter histórias envolventes e desde "Ace Combat 04: Shattered Skies" a produtora vem tentando amarrar mais o enredo entre os episódios da franquia.

Quem jogou "Ace Combat 5: The Unsung War" reconhecerá vários dos fatos que são narrados em "Zero", ligando os vários episódios na linha do tempo da série. Mas o game também faz menções menos evidentes a "Ace Combat 04" e "Ace Combat 2". Ainda, como nos outros episódios, também faz referências a países reais e acontecimentos verídicos, além de beber em mitologias, como a nórdica e a história dos Cavaleiros da Távola Redonda.

No game, o jogador vive um mercenário de nome-código Cipher, que batalha pela Ustio. Ele forma dupla com Pixy, um lendário piloto que já sobreviveu a uma batalha em que teve arrancada uma das asas de seu caça F-15. Essa história, aliás, é baseada num suposto fato verídico. De qualquer maneira, Pixy também tem o apelido de "solo wing", em alusão ao episódio e pelo fato de pintar uma das asas de seu caça.

A história é contada pela narração de um jornalista, que entrevista diversos militares que conheceram a lendária dupla de mercenários. As fases em si são contadas como flashbacks. Mais uma vez, a história envolvente faz com que o jogador entre no clima, dando propósito para as várias missões. Elas são reforçadas por ótimas cenas de "briefing" que localizam o jogador tanto na missão em si como no contexto histórico do game.